sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Sinto a desilusão arrancar-me ár do peito...
falta-me oxigénio, não consigo respirar...
fechar os olhos e só lembrar...
sabor amargo, doce mentira...
perco-me na minha própria verdade e só consigo sentir a dor...
engano, tristeza que me penetra tão profundo quanto a mágoa...

Pintei tantas telas ao sabor daquilo em que acreditava...
estão desfeitas agora...estilhaçadas no chão sujo e amargo de minha casa!

Escrevi sonetos com a tinta do que me era transmitido
inventei tantas formas de inventar...querer era já ter...
Fazer-me acreditar naquilo que não o é...dói mais que arrancar pedaços de carne,
ai! as minhas entranhas doem-me, sinto-me sangrar...

E a lua, que tantas vezes o testemunhou?
Falei com as estrelas acerca de crenças e ilusões...
Sonhos!! Onde estão??
Fui roubada em plena luz do dia, qual carteira endinheirada se me tiraram a alma...
aquilo em que acreditara...

E é aqui na escuridão do sentimento que me calo e contento...
olho de longe mas tão longe...
e não entendo...que mal fiz eu?
Castigada porquê, se minha maior aventura foi acreditar, querer e voltar a acreditar...

Ò, sabor amor da triste desilusão...como ousaste entrar?
Choro em honra do que julgava amar...



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